OSTEOPATIA
e ADERÊNCIAS ABDOMINAIS
As
aderências resultam do processo de cicatrização, no qual os tecidos lesados são substituídos por tecido fibroso e, a nível abdominal, aderem órgãos entre si ou
entre este a parede do abdómen. Esta ligações ou pontes anormais entre duas
superfícies ou segmentos no abdómen são consequência de inflamações, infecções,intervenções cirúrgicas, traumas, posturas incorrectas
por longos períodos,e têm mais consequências do que pensamos. Nas cirurgias, mesmo aquelas feitas por laparoscopia, as incisões efectuadas atravessam frequentemente várias camadas de tecido pelo que o processo de cicatrização se faz por vários níveis, criando assim múltiplas possibilidades de aderências.
São exemplos de situações que podem
deixar aderências pélvicas a cesariana, endometriose, diverticulite (inflamação cólon),
apendicite, colecistite (inflamação da vesícula biliar), cistite (infecção urinária), cancro, toda a cirurgia abdominal, etc.
Esta tensão nas estruturas abdominais predispõe, ao desenvolvimento a médio e longo prazo de desconfortos e de dores dorsais, lombares, abdominais, principalmente se a posição do orgão estiver alterada ou se este estiver fixo numa posição anormal, entre outras, bem como sintomas digestivos, como tendência à obstipação ou diarreias, dor abdominal ou cólica, náuseas, vómitos, congestão vascular abdominal e pélvicas, que pode evoluir para os membros inferiores, dificuldade a eliminar os gases e fezes, obstrução intestinal etc.
As aderências que se formam nos ovários ou nas trompas de falópio podem estar relacionadas com quadro de infertilidade, aumentanto também o risco de gravidez ectópica (gravidez fora do útero), ou nas aderências intra-uterinas podem contribuir para a infertilidade e abortos de repetição (sinéquias uterinas).
As
mulheres que fazem cesariana desenvolvem com frequência dores lombares baixas
nos meses ou anos que se seguem, pois há um ligamento que liga o osso púbis (na
parte da frente da bacia) ao sacro (final da coluna vertebral), unindo pelo
caminho, a bexiga e o útero. Além disso, a incisão feita a nível dos abdominais tornam esses músculos mais fracos, o que predispõe a um desequilibro entre a musculatura lombar e os abdominais, levando a alterações posturais importantes, e sobrecarga sobre os discos intervertebrais e estruturas da coluna, desencadeando múltiplos problemas. É incrível a influência que esta cicatriz pode ter
nas dores crónicas, nas dores menstruais e nas dores aquando as relações
sexuais.
A
OSTEOPATIA actua eficazmente no tratamento das aderências, mesmo as mais
antigas, e na devolução da mobilidade normal dos órgãos entre si, e da
motilidade (mobilidade própria de cada víscera), bem como relacionar as mesmas
com todos sistemas do corpo, nervoso, estrutural, vascular de forma devolver o equilíbrio
entre eles.
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